Eu e minha querida e amada amiga Nana, sim , a Nana Ricchetti, do blog MANGA COM PIMENTA, começamos uma brincadeira no twitter, onde pedi a ela pra fazer um post para a minha pessoa, que anda meio distraída, sensível, sem muita concentração. Acho que perdi o prumo na viagem, gente!!!rsrsrsrsrsrs
Como sou alguém que QUASE NUNCA brinca, ela me levou a sério e fez um post LINDO para todos os leitores aqui do bloguito, um texto sensível e denso. Amei demais, obrigada amiga!!!
Espero que vocês gostem!!!
PENSAMENTOS
Ela chegou em casa e tudo estava escuro. Ela preferiu assim, preferiu não ser incomodada, preferiu deixar os seus pensamentos voarem e deliciar-se com a solidão.
“A solidão é uma palavra forte, até feia. Por que todo mundo tem medo da palavra solidão?” – ela pensou sozinha, enquanto acendia um cigarro, pegava o copo de vinho e ligava o rádio.
Pensou em tudo que passou na sua vida, em pessoas, momentos e lugares. Ela lembrou aonde estava tudo isso, onde ela esteve em todos esses momentos e quem era ela realmente. Lembrou delicadamente dos choros, escondida no banheiro, à noite na sua cama e caminhando na rua.
Ela não lembrava mais da dor, sabia que a dor estava lá, escondida como uma velha lembrança. Mas essa mesma dor não tinha força, nem coragem de levantar-se para atormentar a sua vida. Porém, algo a atormentava, ela não sabia exatamente o que, se era a saudade, a vida ou apenas a alegria.
Ela sabia que tudo fazia parte de uma mistura de sentimentos e ao mesmo tempo sentia-se sozinha.
Ela olhou para lado e lembrou como era espontânea, lembrou que não ligava para os “não”, de como ela gostava de aparecer sendo mulher e ao mesmo tempo menina.
O seu sorriso atraía olhares na rua, a sua voz chamava a atenção e o seu suspiro era uma declaração de alívio, um alívio onde tudo acontecia. Tudo parecia magia, era só erguer o dedo e desenhar a vida.
Nesse momento, uma voz lhe disse: “ Hoje você tem trinta ”…
Ela retrucou: “ Trinta o quê? ”, novamente “ Me diz, trinta o quê? ”
“Trinta anos se passaram” – pensou ela…
Mas não foram apenas os anos, foram cem pessoas que passaram a mão no seu rosto, foram duzentas pessoas que lhe ensinaram algo e outras tantas que foram as suas amigas.
Ela lembrou profundamente de uma dezena que lhe fizeram amar… Ela amou o desconhecido, ela amava o desconhecido, ela ama o desconhecido!! !
E foram milhares pessoas que lhe fizeram aprender a odiar, e ao mesmo aprender a perdoar.
Novamente, os seus pensamentos criaram forças e começaram a questionar: “Será que eu serei forte ao me levantar? “,“ Será que eu não me sentirei acabada? ”, “Será que é apenas isso? ”…
Os pensamentos se misturam e tornam-se um só. Em um segundo, tornam-se vários ao mesmo tempo, correm à sua volta, fazem uma ciranda de criança.
O sono derruba o seu copo de vinho, esquece o cigarro acesso no cinzeiro e a brisa lhe dá o beijo de boa noite.
Nana Ricchetti
Tenho muitas artes para postar, mas hoje precisava apenas deste texto.
Obrigada minha amiga linda e maravilhosa!!! NADA É POR ACASO !!!
O blog MANGA COM PIMENTA é esse aqui !
Beijosssssssssssss a todos que por aqui passarem , muita luz e amor!!!
Vero:)
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Vero e Nana, o que foi isso!!! Me senti assim mesmo, mas não aos 30 e sim nos 31… Engraçado né!
o texto é lindo, profundo, gostei muito… Já estou indo fuxicar a tal de Manga com pimenta, rsrsrsrrs.
Muita paz para vc minha querida!!! Beijinhos!
Lindo texto mesmo Vero, adorei. Bjs, e bom fds.
Vero
Mesmo com pouco tempo de blog já sbia que a Nana é ótima em design; excelente cozinheira, escreve muito bem no blog e agora escritora de contos? Tudo isso numa pessoa só?
Achei muito lindo o conto, muita sensibilidade, e imagino como você se sentiu.
Parabéns as duas.
beijos
Quem não chora não mama, né frô?!
Muito legal o texto da Nana, mega bem escrito. E a gente é assim, precisa de umas entresafras de vez em qdo pra se sacudir. Ensimesmar-se de vez e qdo é bom, pra gente espiar mais pra dentro de nós mesmos, né.
Que vc volte como bela borboleta depois do encasulamento. ;oD
Xerão!
Paty
Olá Vero?!
Muito lindo o texto da Nana…
Amei…
Bom final de semana…
BJU…
Li e amei. Palavras profundas que nos fazem olhar para dentro de nós mesmos. A Nana é uma menina/mulher muito delicada, com uma sensibilidades incrível! Parabéns por palavras tão tocantes!
Beijos, Tali.
Que delícia! Um carinho e tanto, hem? Vou lá conhecer o blog dela.
É pra refletir…
Boa amiga a Nana!
Beijos
Puxa, Vero… Além do texto ser realmente bem escrito, é daqueles que nos fazem parar para pensar. Não sei se porque também ando pensando nesses assuntos – solidão, o que foi e o que será – mas me tocou fundo.
Beijoca.
Amiga linda, Vero!
Porque será, que alguns textos, poesias, até mesmo uma trova as vezes nos faz ir tão fundo, lá, no fundo do coração, onde estão guardadas as nossa memórias íntimas, como alguém pode viver algo tão igual, pensar tão igual, escrever algo parecido com aquilo que já passamos e passaremos de novo e de novo…
Acho fantático o dom de escrever uma narrativa, não tenho esta capacidade.
Quero que dê um beijo em Nana por mim…
Outro pra você pessoa linda, tenha um dia colorido.
Lenita
Verô, como é bom ter amigas assim como a Nana , com sensibilidade e poder de usar palavras .
tenha um bom dia
Jô
Todas que lerem o texto, vão se identificar, principalmente se já passaram dos 30…
Parabéns Nana!!!
Olha li e chorei, porque o texto parece feito para todas nós muito lindo.
Que sensibilidade essa Nana tem!!! Caramba… eu já sabia que ela escrevia gostosamente, mas nunca pensei num texto assim!
Tão lindo e realista esse texto… amei! E vc? Começou a se achar depois de tanto carinho? Com certeza, né?
Um beijo grandão!
Bjo duas!! Belo texto, dado a reflexões, bom dar uma paradinha prá pensar…bjobjobjo!!
Que lindo amiga!!!!!!!!!!!
A Nana é demais! Espero que depois desse texto vc tenha ficado bem melhor!!!! Seja feliz amigaaa!
bjs…
Uauuuuu! Nana precisa escrever um livro imediatamente!
Super bom!
Beijos!
Li e reli! Me identifiquei logo de início pois adoro a solidão, ou como alguns preferem, estar só. Nada como uma taça de vinho e um cigarro para pensar e sonhar.
Continuando a ler lembrei das vezes que parei e olhei prá trás e para dentro. A última vez que fiz isso, muito seriamente, me buscando e analisando foi quando fiz 50.
O texto é lindo e de muita sensibilidade. Merece mesmo ser divulgado. Embora eu não tenha uma relação de amizade com a Nana, eu a admiro e acompanho o blog.
beijo prás duas 🙂